FOMIP – INTERCESSÃO BATALHA ESPIRITUAL
Antes de nos aprofundarmos especificamente na batalha espiritual, já quero informar que Deus não criou o Diabo, nem os Demônios, e sim criou Anjos perfeitos, que em um determinado momento de um passado profético, usaram de seu “livre arbítrio”, rebelaram-se contra o Criador. Desde então, por um período, Deus ainda permite a ação destes, e, ao mesmo tempo, capacita o homem, dando-lhe poder sobre Satanás e seus Anjos. Não se esqueça que o Diabo e seus Anjos, são seres já derrotados, julgados e condenados (Ez 28.11-15).
Assim como o amor é um dos atributos de Deus, o ódio, a morte, é parte da natureza de Satanás e seus Demônios, e farão sempre o mal. Eles não precisam ser mandados ou orientados, simplesmente fazem. (Jo 10:10).
SATANÁS E SEUS ANJOS
Satanás foi criado “querubim da guarda ungido, o sinete da perfeição, formoso, poderoso, mas finito. Ele caiu devido ao orgulho (Is. 14:12-14; Ez 28:15-17; I Tm 3:6) O que Satanás tem, é dado, permitido e limitado pelo Deus soberano.
Satanás hb. satan, “adversário” do verbo “ficar em emboscada (como inimigo); opor-se”; a Terminologia bíblica Satanás é encontrada em sete livros do Antigo Testamento, e por cada autor do Novo testamento. Satanás é quase sempre o grande adversário de Deus e do homem.
Diabo gg. diábolos, “caluniador, difamador”. das trinta e seis vezes que aparece nas escrituras, só três não se referem absolutamente à pessoa de Satanás. (Mt 16:23; Mc 8:33: Jo 6:70).
É possível identificarmos o caráter de Satanás, quando observamos os seus outros nomes: “O grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, (Ap.12:10) “Lúcifer” ou “a estrela da manhã” (Is.14:12); anjo de luz (2 Co 11:14); “Belzebu” maioral dos demônios (0Mt 12:24) “Maligno” (Mt 13:38) “Belial”; “O Abadom” (Hb); “Apoliom” (Ap. 9:11) destruidor; exterminador”; o sedutor de todo mundo” (Ap. 12:9); (2 Co 6:15) “Tentador” (Mt 4:3; 1 Ts 3:5) “Inimigo” (Mt 13:28,29) “Homicida” (Jo 8:44) “O Pai da mentira” (Jo 8:44) “O deus deste século” (2 Co 4:4) “O Príncipe da potestade do ar” (Ef. 2:2) “acusador dos nossos irmãos,” sem lei; anárquico; desordenado” “O Príncipe deste mundo” (Jo 14:30; 16:11) “o anjo do abismo”, o rei dos demônios. Ele reina sobre a hierarquia dos demônios. (Mt 25:4; Ef 6:12: Ap 12:7) Ele reina sobre este mundo. (Lc 4:5,6; 2 Co 4:3;4; Ef 2:1-3; I Jo 5:19-20).
Demônios, gg. daímon aparece assim cinco vezes na bíblia e daimónion 60 vezes, daimonízomai treze vezes, todos os textos nos Evangelhos. Geralmente citados como seres espirituais e maus (às vezes, deuses dos pagãos). Os demônios sãos os anjos de Satanás que caíram com ele, são espíritos revoltados e inimigos de Deus.
Os demônios têm personalidade; inteligência (2 Co 11:3); vontade (2 Tm 2:26); emoções (Ap 12:17); eles já sabem de sua condenação (Mt 8:29; Lc 8:28-31); alguns deles já estão encarcerados no abismo, inclusive serão livres para atuar na grande tribulação (2 Pe 2:4; Jd 6; Ap 9:14; 16:14: Lc 8:31, etc.). Eles podem habitar em homens e animais (Mc 4:24; 5:13); os poderosos enganam povos e nações (Ap. 16:13, 14; Is 24:21, Dn 10:13), causam doenças (Jo 2:7; Mt 9:33) Alguns poderosos enganam as nações. Os demônios são bem instruídos para o mal e promovem doutrinas falsas (1Tm 4:1-3) e conhecem a Jesus (Mc 1:24; Mt 8:29).
Satanás sempre será a origem da possessão espiritual, e se objetivo é alcançado por conto do afastamento de Deus promovido pela incredulidade, o que gera a ausência da santidade e descompromisso total com Deus.
O exército do Satanás para enganar, confundir e destruir vidas, pode agir com possessão em animais; em seres humanos, em casas e edificações, nas matas e florestas, motivados pelo mal por meio de despachos e trabalhos, passes e consultas a mortos e atividades ocultistas e espíritas, por ação direta dos próprios Demônios (possessão involuntária); através de bebida e comida sacrificada a demônio, por consagração, maldição familiar e hereditariedade; promove enfermidades, suicídios e morte eterna.
POSSESSÃO e OPRESSÃO
Existe uma diferença entre Opressão Satânica e Possessão Demoníaca. POSSESSÃO a vítima é dominada pelo demônio, corpo, alma e espírito.
Geralmente acontece com o ímpio, mas ocorre em crentes que por alguma razão deixam de andar com Deus em fé e obediência (Ap 3:20; Rm 12:1;2; II Co 5:17; Jo 3:3-5; Ef 1:13-14; Jo 14:23-30; Jo 14:16; II Co 2:16: 12-13; 1 Co 3:16-18; 1 Co 6:19-20; Rm 8:9-10; 1 Jo 5:19; Jo 14:30).
gg. daimonizomenos (Mt 15:22) = “endemoninhado”, o endemoninhado é uma criatura de Deus manipulada pelas entidades, voluntariamente ou não, há casos de total perda de consciência resultado da influência do Demônio. (Mt 12:22-28, 43-45). Elas se tornam um veículo de comunicação do Diabo. Alguns por curiosidade tornam-se dependentes dessa possessão, e a única maneira de libertação desse “visitante” é o poder que há no nome de Jesus, sendo assim não a necessidade de bater no endemoninhado ou ridicularizá-lo.
OPRESSÃO, todos; inclusive os cristãos são alvos de Satanás. A sua intensão é de nos levar ao pecado (E 6:13; Tg 4:7), nos tenta a mentir (At 5:3); semeia o joio para enganar e atrapalhar (Mt 13:38; 1 Ts 2:18); promove a perseguição (Ap 2:10); a difamação e calúnia (Ap 12:10); à imoralidade (1 Co 7:5); e pode criar problemas físicos (2 Co 12:7-10).
Temos um inimigo terrível com quem temos que lutar, mas precisamos saber que Satanás não é onipotente, onipresente ou onisciente, eles não nos tentam diariamente e que muitas tentações veem da nossa própria natureza: cobiça, orgulho, concupiscência, falta de autocontrole etc. (Tg 1:13-16; 4:1-8).
Apesar de falhas nas nossas vidas, das qual satanás gosta de nos acusar (Zc 3:1-5; Ap 12:10), somos puros quando vestidos na justiça de Jesus Cristo. Satanás não pode tocar nossa salvação, nem nos separar do amor de Deus (Rm 8:38,39); temos uma posição de aceitação e autoridade em Jesus Cristo. (Rm 8:1; Ef 1:6).
SANTIDADE
Precisamos buscar a santidade, pois o pecado na vida nos destrói, abrindo a porta para opressão. Busque a santificação pela Palavra (Jo 17:17: 2 Tm 3:16), confesse e renunciar tudo que contra a vontade de Deus (Ef 4:27; I Ts 4:3, Rm 13:12-14; Êx 20:4-6), achegai-vos a Deus (Tg 4:8); e revesti-vos de toda a armadura de Deus, cada peça tem propósito para lutar, e sugere como satanás ataca. O largo cinto da verdade, a couraça da justiça, calçai os pés com a preparação do evangelho, o escudo da fé, o capacete da salvação.
Seja sempre sóbrio e vigilante (1 Pe 5:8-9), tome cuidado (Jd 9; 2 Pe 2:10; At 19:12-17 39); reconheça sempre a autoridade em Jesus Cristo (Lc 9:1; 10:1-20; At 5:16; 8:7; 16:16-18; I Jo 4:4; Mc 16:17); em casos graves, convide outros intercessores para batalhar com você e esteja sempre preparado (Tg 4:7). Há poder no nome de Jesus; os Demônios não oferecem resistência a este nome quando estamos sob autoridade de Jesus. Não precisamos gritar para libertar as pessoas; não precisamos bater nas pessoas, nem com Bíblias. Os demônios são seres espirituais; não faz sentido algum clamar o sangue de Jesus sobre os Demônios; e nem conversar com eles, eles são mentirosos; evite fechar os olhos enquanto expulsa; ordene com autoridade, demônios Saiam em o nome de Jesus, não brinque com Demônios; e não aceire nenhuma imposição deles.
PRIVILÉGIOS DA INTERCESSÃO.
Anteceder as batalhas espirituais travadas nas reuniões e cultos. O intercessor (a) é um soldado de frente no campo de batalha e a sua missão diária é orar, antecipando-se aos demais ministérios da Igreja em suas lutas espirituais em seus diferentes níveis de ação. O intercessor precisa estar preparado, e seu dever estar atento as batalhas espirituais existentes no meio do povo, nos ministérios e em meio às reuniões e cultos da igreja e assim que as identificar o intercessor (a) deve então interceder, combatendo o mal e apoiando as vitórias da igreja. (1Co 14.8; Is 62.6).
Mantenha uma vida de íntima comunhão com Deus, tenha uma atitude firme contra o pecado, tome a cada dia a sua cruz, e então segua a Jesus, o autor e consumador da nossa fé. (1 Cr 16.11; Mt 16.24). O Jejum, a oração e a leitura da palavra de Deus devem fazer parte da vida do intercessor (Mc 9.29); Cl 4.2; Hb 4.12; 1Tm 4.09; Ef 6.17; Sl 119.11).
Procurar a paz entre os irmãos. Quando realizamos a obra de Deus, logo percebemos que alguns entre nós por não vigiarem acabam se deixando dominar por sua natureza carnal e pecaminosa e infelizmente alguns chegam a um nível de envolvimento carnal tão grande que acabam sendo até mesmo dominados pelo nosso inimigo maior. Dessa forma os obreiros em geral, precisam agir como instrumento de Deus para que através de suas atitudes, administrem os problemas com sabedoria e graça para que a paz entre os irmãos seja mantida, pois essa é também a nossa responsabilidade. (Mc 9.50; Rm 12.10; 1 Pe. 1.22).