Plenitude da Fé

MORDOMO e a MORDOMIA

O Dicionário Aurélio define “mordomo” como sendo “o serviçal encarregado da administração duma casa”. A palavra mordomo vem do latim major domus que significa “administrador de uma casa”. É alguém que cuida do que não é seu.

Mordomia é o ofício do Mordomo, e MORDOMIA CRISTÃ é como é chamada a responsabilidade de cada cristão em relação à administração dos bens espirituais e materiais confiados por Deus a ele. A Bíblia diz claramente que somos mordomos de Deus nesta terra. A mordomia cristã deve partir da verdade fundamental de que Deus é o criador e sustentador de todas as coisas. Isso quer dizer que Ele é o legítimo dono de tudo. (Sl 89.11) “Teus são os céus, e tua é a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste”. (Sl 24.1) Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam”. A nossa vida, família, casa, e bens são do Senhor, e devemos administrar tudo isto como algo que Ele nos confiou.

Jesus aplicou a nós o conceito de mordomia. “Disse o Senhor: Quem é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor confiará os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Verdadeiramente vos digo que lhe confiará todos os seus bens. Mas se aquele servo disser consigo mesmo: meu senhor tarda em vir, e passar a espancar os criados e as criadas, a comer, a beber, e a embriagar-se, virá o senhor daquele servo em dia que não o espera, e em hora que não sabe, e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os infiéis.” (Lucas 12.42-46). Em decorrência disso, Ele requer que cada um exerça a mordomia com fidelidade e prudência, pois um dia haveremos de prestar-lhe contas por tudo que fizemos. Devemos entender que mordomia é administrar tudo que o Senhor colocou em nossas mãos e que devemos exercer com fidelidade a mordomia cristã conforme a bíblia nos ensina, para termos direito ao descanso eter­no (Mt 25.21) O senhor respondeu: Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!

O BOM MORDOMO

Quando Cristo chamou os doze discípulos, ele os preparou durante os três anos da Sua missão para que com conhecimento e sabedoria eles estivessem preparados para exercer com responsabilidade esta importante tarefa. (Lucas 12.42) Disse o Senhor: Quem é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor confiará os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo?

O bom mordomo é aquele que se mantém no propósito que lhe foi confiado, ele é leal, fiel e dedicado a cumprir com amor o que lhe foi confiado. Deus espera mais de nós do que simplesmente boa vontade e sinceridade, e a única forma de sermos fiéis ao Senhor como mordomos é entendendo o que Ele espera de nós. Isto está registrado em Sua Palavra.

A mordomia não envolve somente a administração correta dos nossos bens, mas também dos dons e ministérios que o Senhor confiou a cada um de nós: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” (1 Pedro 4.10). Cada cristão precisa cumprir a sua missão confiada por Deus. Ele dá a cada um, dons espirituais e capacidades especiais (Rm 12.5-15). Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.  O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.  Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor; Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração; comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade; abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram;

A PRESTAÇÃO DE CONTAS

Cristo também nos ensinou que a mordomia é um cuidado temporário do que pertence a outra pessoa. O verdadeiro dono exigirá uma prestação de contas de toda a administração.“E dizia também aos seus discípulos: havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens. E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isso que ouço de ti? Presta contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo.” (Lucas 16.1,2)

Ninguém pode fugir da prestação de contas. A prestação de contas é para todos, e nada passará despercebido aos olhos de Deus. Vejamos esses exemplos: (Lucas 19.15) “E aconteceu que, voltando ele, depois de ter tomado o reino, disse que lhe chamassem aqueles servos a quem tinha dado o dinheiro, para saber o que cada um tinha ganhado, negociando.” (Mateus 25.19). “E, muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.” (Hb 4.13) “E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas.Em sua sabedoria e justiça, Deus nunca pedirá a ninguém para fazer alguma coisa que não consiga fazer. Ele conhece as nossas limitações e capacidades.

A DOUTRINA DA MORDOMIA CRISTÃ, traz luz a consciência de que nada temos. Tudo é de Deus, (Jó 1:21; 1 Cr 29.14; 1 Tm 6.7; Jo 3.27; Tg 1.17). A mordomia cristã nos ensina que precisamos ser sábios e fieis na administração do que nos foi confiado. (1 Co 4.2; 1 Rs 3.7-12). Aprendemos com a mordomia cristã que haverá uma prestação de constas e que nada passa desapercebido dos olhos de Deus. (1Co 4.2-6; 2Co 5.10) O Tribunal de Cristo, esse será o local da prestação de contas da nossa vida. Cada cristão será julgado como mordomo ou servo de Deus (Rm 8.1; Jo 5.24). As nossas obras serão julgadas e galardoadas.  (Ap 22.12; 14.13). Todos os salvos serão julgados (Rm 14.10; 2Co 5.10; e as nossas obras reconhecidas por cristo (Ap 2.2,9,13,19; 3.8,15). Os critérios desse julgamento são: a “lei da liberdade cristã” (Tg 2.12); a qualidade do trabalho que fazemos para Deus (Mt 20.1-16); o “material” empregado no trabalho feito para Deus (1 Co 3.8,12-15); a conduta do crente por meio do seu corpo (2 Co 5.10) e os motivos secretos do nosso coração (1 Co 4.5; Rm 2.16) – (GILBERTO, 2009, p. 376).

CONCLUSÃO: Deus nos fez seus mordomos, isso é muito mais do que a nossa vontade ou decisão de ser. Fomos chamados e resgatados das mãos do inimigo pela graça do Deus que é o Criador de tudo e nos fez mordomos em sua obra. Glória a Deus, que honra poder ser útil assumindo essa missão. 

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