SÉRIE: PRESENTE, MAS DISTANTE – DOMINGO 2
Tema: Quais são as janelas da nossa vida espiritual?
Texto base: Hebreus 2:1 — Por isso é necessário que prestemos mais atenção ainda ao que temos ouvido, para que jamais nos desviemos.
Introdução
No domingo passado, eu e você aprendemos com a história de Êutico como é perigoso estar presente, mas distraído. Hoje, vamos dar um passo mais profundo nessa jornada e refletir sobre as janelas que abrimos em nossa vida espiritual. Janelas que, muitas vezes, parecem inofensivas, mas comprometem silenciosamente nossa conexão com Deus e nos afastam da sobrenatural presença de Deus.
Exemplos de janelas aparentemente inofensivas:
- Aquela amizade “gente boa” que sempre te afasta da igreja com convites “sem maldade”, mas que tomam o lugar do seu compromisso com Deus.
- O tempo exagerado nas redes sociais, que começa com “só 5 minutos” e termina roubando horas da sua devoção.
- A preocupação com o trabalho e a rotina, que vira desculpa para não buscar mais a Deus.
- O costume de “assistir cultos” ao invés de participar deles, criando uma fé passiva.
- O ativismo ministerial que ocupa a agenda, mas não preenche o coração.
1. Janelas são pontos de escape espiritual. (Salmos 119:37) — Desvia os meus olhos das coisas inúteis; faze-me viver nos caminhos que traçaste.
Toda janela tem dupla função: pode trazer luz, mas também pode se tornar uma rota de fuga. Espiritualmente falando, são os acessos que abrimos sem perceber, permitindo que a sobrenatural presença de Deus escape do nosso cotidiano.
(1 Tessalonicenses 5:19) — Não apagueis o Espírito. (Efésios 4:27) — Nem deis lugar ao diabo.
Elas se manifestam quando deixamos de priorizar o que realmente importa: tempo com a Palavra, oração, santidade e compromisso com a igreja local.
2. Janelas podem ser disfarces de produtividade. (Lucas 10:41-42) — Marta, Marta, andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Contudo, apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.
Nem toda janela parece ruim à primeira vista. Algumas vêm com nome de “ministério”, “trabalho”, “família”, “responsabilidades”… mas por trás delas pode haver uma vida espiritual negligenciada. (Mateus 6:21) — Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
Janelas também podem ser atividades que nos mantêm ocupados, mas não rendidos. Quando o ativismo substitui a intimidade, a janela se abre. E assim, sem perceber, vamos nos afastando da sobrenatural presença de Deus.
(Apocalipse 2:4) — Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.
3. Janelas são brechas emocionais não tratadas. (Provérbios 4:23) — Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.
Feridas não curadas se tornam janelas. Ressentimentos, traumas, frustrações com pessoas ou até mesmo com Deus podem abrir espaços por onde a dúvida, a frieza e a incredulidade entram. O inimigo se aproveita dessas rachaduras para semear engano. Por isso, precisamos tratar a alma com a verdade e o amor da Palavra, permitindo que a sobrenatural presença de Deus nos restaure por completo. (Hebreus 12:15) — Cuidem para que ninguém se exclua da graça de Deus. Que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando a muitos.
(2 Coríntios 10:4-5) — As armas com as quais lutamos não são humanas, mas poderosas em Deus para destruir fortalezas. Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus.
4. Janelas se escondem em rotinas sem consagração. (Isaías 29:13) — Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim; o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, aprendidos de cor.
A maior parte das janelas se abre no piloto automático: dias corridos, agenda cheia, compromissos demais e coração de menos. (Jeremias 29:13) — Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.
O tempo devocional vira obrigação. O culto vira compromisso social. A leitura da Palavra é substituída por reels. E, quando percebemos, estamos na janela: ainda no ambiente, mas sem fome pelo altar e afastados da sobrenatural presença de Deus. (Mateus 6:33) — Buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
5. Janelas precisam ser fechadas com arrependimento e vigilância. (1 Pedro 5:8) — Sede sóbrios, vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, rugindo como leão, buscando a quem possa tragar.
O primeiro passo é reconhecer: “eu deixei janelas abertas”. (Salmos 51:10) — Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro de mim um espírito inabalável.
Deus não quer te condenar, Ele quer restaurar sua intimidade com Ele. Fechar janelas significa romper com o que drena sua fé e retornar ao centro da vontade de Deus. E isso se faz com decisão, arrependimento e uma nova postura diante da sobrenatural presença de Deus. (Tiago 4:8) — Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e vós de duplo ânimo, purificai os corações.
Conclusão
Hoje é dia de fechar janelas. De olhar para dentro e perguntar: o que está roubando minha sensibilidade espiritual? Quais vozes têm falado mais alto do que a voz de Deus? Que distrações me colocaram distante do altar?
Que o Espírito Santo nos ajude a identificar e fechar todas as janelas que comprometem nossa jornada. Que a sobrenatural presença de Deus volte a ser o centro da nossa caminhada de fé.
Na próxima semana, vamos aprender o que realmente causa uma queda espiritual e como evitá-la antes que seja tarde demais.
Esteja com o coração aberto e traga alguém com você. Deus está chamando você para sair da janela e voltar ao centro do propósito.